sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Prof. Silveira de Brito, Docente da FFCS, colabora na obra dedicada a Onésimo Teotónio de Almeida

Doutor José H. Silveira de Brito
 Professor de Ética da FFCS
O Professor Onésimo Teotónio de Almeida, catedrático da Universidade de Brown, embora mais conhecido em Portugal pela sua obra literária – crónicas, contos, teatro, ensaios sobre literatura – é talvez antes de tudo um filósofo com vasta obra em inglês e português. Nos últimos anos publicou em Portugal alguns livros importantes como De Marx a Darwin - A desconfiança das ideologias. (Lisboa: Gradiva, 2009) e Utopias em Dói Menor - conversas transatlânticas com Onésimo. Conduzidas por João Maurício Brás (Lisboa: Gradiva, 2012). Embora não exclusivamente reunindo textos de Filosofia, também saíram os livros O peso do hífen. Ensaios sobre a experiência luso-americana (Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2010) e Minima Azorica. O meu mundo é deste Reino (Lisboa: Companhia das Ilhas, 2014) que abrem com ensaios filosóficos de grande valia sobre a problemática da identidade. Em Portugal, o mais reputado conhecedor da obra filosófica do autor é o Professor João Maurício Brás que este ano lhe consagrou o livro Identidade, Valores, Modernidade. O Pensamento de Onésimo Teotónio Almeida (Lisboa: Gradiva, 2015). Nas Correntes de Escrita deste ano foi lançado o livro de homenagem Onésimo, Único e Multímodo (Opera Omnia, 2015), organizado por João Maurício Brás, no qual se reúnem textos de natureza muito diferente, que vão de ensaios sobre a sua obra literária, a testemunhos de ex-alunos, colegas e amigos, a ensaios sobre o seu pensamento filosófico. É nesta categoria que José Henrique Silveira de Brito (Professor de Ética na Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da UCP) colaborou com o ensaio «A Ética na Obra de Onésimo Teotónio de Almeida».
Este ensaio visa apresentar a Ética no pensamento de Onésimo Teotónio de Almeida. Mostra como para o pensador, a ética é intrínseca ao ser humano e que biologia e cultura são, em conjunto, indispensáveis para explicar e compreender a vivência da dimensão ética. Expõe o que o filósofo entende por pluralismo ético e trata da distinção que faz entre pluralismo ético e relativismo cultural, e como este não implica aquele. Explica a ideia do autor segundo a qual os valores são não-racionais, o que não significa que sejam irracionais, e as consequências de tal modo de pensar. Por último apresenta a conclusão do Filósofo segundo a qual é impossível fundamentar a Ética. O artigo termina com algumas considerações críticas que pretendem sintetizar observações que acompanham a exposição.
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Braga, 08 out. 2015
José Henrique Silveira de Brito
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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

P. José Manuel Lopes, Docente da FFCS, participou no Programa "Passagem - Pasaxe. O ensino jesuíta e a revista Brotéria entre Portugal e Galiza"

     
     No passado dia 25 de agosto, a Câmara Municipal de Caminha apresentou o programa Passagem – Pasaxe. O ensino jesuíta e a revista Brotéria entre Portugal e Galiza. Deste programa constaram um conjunto de comunicações, a visualização do filme de Manoel de Oliveira Visita ou Memórias e Confissões de 1982 e a Exposição Memórias do Colégio de La Guardia, 1916-1932.
    Diz Rodrigo Pita de Meireles: «Com o início da 1ª Grande Guerra, em 1914, o INA muda-se para a Galiza, aproximando-se de Portugal, inicialmente para Pontevedra (Grande Hotel de los Placeres - Marim), e em 1916 para La Guardia, com instalações mais amplas e melhores, adquiridas aos jesuítas espanhóis do Colégio do Apóstolo Santiago, que entretanto se mudam para Vigo, onde fundaram um colégio mais central. O colégio, junto ao embarcadouro de Pasaxe, em La Guardia, fora fundado pelo Pe. Tomás Gomes Carral em 1875...»
     A exposição Memórias do Colégio de La Guardia, 1916-1932cuja montagem esteve a cargo da Biblioteca Municipal de Caminha, contou com espólio da Biblioteca do Colégio das Caldinhas e do Museu Padre José Carvalhaes e de documentos de coleções particulares de José João Rio Tinto Azevedo (antigo aluno do Colégio de S. João de Brito) e de Teresa Campos Pimenta. Teve como Comissário o Dr. Rodrigo Pita de Meireles (antigo aluno do INA).
     Do programa constaram, também, as seguintes comunicações:
  • Caminha e o Colégio Jesuíta da Pasaxe e a Revista Brotéria, por Paulo Torres, Historiador, Caminha;
  • As coleções científicas dos jesuítas exilados, por Francisco Malta Romeiras, Investigador do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia da Universidade de Lisboa;
  • A Guarda, os guardenses e o Colégio Jesuíta da Pasaxe, por José António Uris, Historiador, A Guarda;
  • A Educação dos Jesuítas Hoje por José Manuel Martins Lopes, S.J., Diretor Geral do Colégio das Caldinhas e Docente da Licenciatura em Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da UCP.
     O encerramento das comunicações coube ao Presidente da Câmara Municipal de Caminha, Dr. Miguel Alves, que enalteceu a qualidade do programa e classificou as comunicações como «um momento extremamente enriquecedor [...] e o apelo à história comum A Guarda [...] que marca o que pretendemos para o concelho de Caminha [...] um concelho mais forte, mais inteligente, mais vivido [...] E é um orgulho receber o filme de Manoel de Oliveira para a sua 4ª. apresentação pública [...]» 
(Cfr: http://bibliotecadoina.blogspot.pt/2015/08/passagem-pasaxe.html)

Prof. Cândido Martins, Docente da FFCS, colabora na obra dedicada a Onésimo Teotónio de Almeida



O volume coletivo Onésimo, Único e Múltiplo (Opera Omnia, 2015), organizado por João Maurício Brás, é uma homenagem a Onésimo Teotónio de Almeida, professor catedrático e investigador da Brown University (Providence, EUA). A considerável variedade temática de artigos recolhidos pretende abarcar a diversidade de interesses da investigação do autor homenageado – docente, escritor e pensador, nos domínios da Filosofia, da Cultura e da Literatura, com variadíssimas obras publicadas.
Faz parte deste volume o artigo de Cândido Martins (Professor da Licenciatura em Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da UCP) intitulado: "A matriz da insularidade e a problematização da identidade cultural no ensaísmo de Onésimo Teotónio". Este estudo pretende refletir sobre o tema da identidade cultural de forma particular. De facto, a ilha e a condição da insularidade, face ao continente, constituíram-se, frequentemente, como continuado pretexto afectivo e sobretudo intelectual para questionação do complexo tema da identidade cultural (regional, nacional ou supra-nacional), tema polémico e complexo. Isso é particularmente visível na escrita, sobretudo ensaística, mas também literária, de Onésimo Teotónio de Almeida. Em várias das suas publicações, ao longo de algumas décadas – desde os ensaios aos textos criativos –, o discurso reflexivo deste autor visa uma persistente indagação identitária, que articula o local ou regional com o nacional e até o universal, abarcando os sistemas da cultura e da literatura.