Artigo publicado pelo docente José Manuel Martins
Lopes em dois fascículos da Revista "Brotéria", sobre a questão fundamental da educação, a procura e o encontro de um
sentido para a vida - Um
possível sentido para a vida – uma proposta educativa – I, in «Brotéria» 177-2/3 (2013) 155-170; II, in «Brotéria»
177-4 (2013) 275-292.
Resumo
Todo o ser humano, no seu processo de personalização, procura algo que está na
base e é o pressuposto da sua motivação de viver: o sentido para a sua vida.
Todavia, este sentido exige da parte de todo o ser humano uma dupla atitude:
procura e encontro. Quer a procura, quer o encontro, requerem que a pessoa se
torne sujeito ativo da construção da sua vida. A educação é um tesouro que nos
pode ajudar a ter a atitude correta perante a vida, porque nos possibilita o
abrir de horizontes necessários para nos irmos aproximando do ser, do sentido da nossa vida.
A palavra educação, hoje em dia, está muito na moda. Toda a gente, por tudo e
por nada, fala de educação e de muitas outras expressões que com ela fazem crer
em erudição, em favor de quem as utiliza... Nós, neste trabalho, procurámos
associar a palavra educação àquilo a que julgamos dever estar mais ligada: ao
sentido da nossa vida. As nossas escolas limitam-se a ser antros de ciência, de
saber, tantas vezes desfasadas da realidade, e esqueceram-se de algo tão
essencial, como o ser e a sabedoria. Por isso, muitos alunos que terminam a sua
formação académica são pessoas “mal-educadas” e destruidoras de humanidade, o
contrário, precisamente, para o qual deve apontar o ato de educar. Esta constatação
é evidente desde os gregos clássicos. Kant reiterou-o. Outros filósofos
seguiram também nesta linha. A Igreja nunca o esqueceu.
Palavras-chave: educação; arte e educação; educação e verdade; educação e
humanização; educação e liberdade de ensinar e de aprender; educação e
compromisso; educação e elevação moral.
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